Perfeitamente
compreensível em países como o Brasil, envoltos em paixões variadas, sobretudo
as de caráter religioso, vermos teses e posturas apaixonadas referentes ao
assunto - aborto. No entanto, do ponto de vista científico e espírita, é
perfeitamente cabível o aborto quando se encontra em risco de morte a gestante.
A isto,
nos reportamos à resposta categórica registrada por Allan Kardec, na questão
359 de O Livro dos Espíritos.
No
oposto, seja por conta de um estupro ocorrido, de um abandono paterno, receio
dos familiares, etc. o aborto deve ser evitado.
Há
riscos variados, não apenas para a saúde física materna, por conta de
hemorragias, sentimentos de culpa com distúrbios do comportamento, mas,
sobretudo, por comprometimentos espirituais perante a violência perpetrada.
Dentro
da visão espiritista-cristã, que não concebe fanatismos e execrações a quem
delinqüe, o embrião ou feto arrancado, da maneira como esclarecemos, pode levar
o Espírito reencarnante a tornar-se um terrível perseguidor espiritual por conseqüência
da rejeição recebida.
Nestes
termos, não apenas a mãe, mas todos que participaram direta ou indiretamente,
seja na condição de práticos da morte ou de financiadores desta, adquirem uma
dívida de graves conseqüências que só poderá ser saldada através de
"adoções- reajustes", seja material ou espiritualmente falando.
Apenas
o arrependimento, sem o pagamento da dívida, não recupera a área lesada. Tampouco, acusar aqueles que erram contribui para uma tomada de consciência.
Ademais, asseverou Pedro, 4:8:
"[...]
o amor cobre a multidão de pecados" e quem nunca errou, nesta ou em outras
vidas, continue a atirar a primeira pedra.
Pinho,
Luiz Cláudio de Reformador de Agosto de 2007.
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