O cinema eternizou a
representação dos “Espíritos” no imaginário da humanidade com
a forma de um lençol que paira no ar, com dois orifícios sem vida a
representar os olhos e que assombram a todos que se acheguem aos
lugares em que se encontrem. Gasparzinho, o fantasminha camarada,
talvez seja a personagem que melhor exemplifique esta assertiva.
Muito embora a 7 (sétima)
arte “imite” a vida real em muitas ocasiões, e diga-se de
passagem que imitar não confunde-se com o real, pois a imitação
por mais perfeita que seja, nunca será tal como o original, o real.
Seria esta uma delas ou apenas uma tentativa de explicar um fenômeno
tal qual os “mitos” que em épocas remotas serviram como explicação certos fenômenos como a criação do mundo, por
exemplo?
Com relação ao fenômeno da
vida do espírito e sua forma, tem a Doutrina Espírita o que se
pronunciar, pois através de sua metodologia científica, também
busca explicar o fenômeno da vida “post mortem”.
Demonstra que a alma (espírito ligado ao corpo), ao desprender-se do
corpo pelo fenômeno da morte deste, matem suas atividades
intelectuais, emocionais, psicológicas, afetivas, não obstante a
falta de veículo apropriado a manifestação destas atividades no
plano físico, os há no plano espiritual.
No que se refere a forma,
conserva, de ordem geral, a da última vida terrena, importando esta
forma somente quanto ao reconhecimento da identidade dos espíritos,
sendo este apenas um dos critérios de sua determinação.
Destaque-se que apresentam ainda certa dose de luminosidade que varia
conforme o desenvolvimento do ser no campo moral, espiritual,
intelectual, sentimental, emocional, psicológico. Quanto mais
desenvolvido mais luminosidade é irradiada pelo ente espiritual.
Assim como apresentado nos
filmes, a Doutrina Espírita constata mediante estudos que para os
seres extracorpóreos a matéria (entenda-se está como o ar, a
terra, a água, e tudo quanto seja formado em base atômica), não
oferece obstáculo a sua ação, pelo fato de que a constituição do
espírito não tem por base a matéria que constitui os corpos
conhecidos ou não desta dimensão, mas uma bem mais sutil, delicada,
quintessenciada.
Não por outra razão o modo
como se locomovem serem muito mais eficientes e sem a necessidade de
outro veículo que não o pensamento que é um dos atributos dos
seres espirituais conforme o seu desenvolvimento espiritual. Desta
forma aonde estiver o seu pensamento, aí estará o espírito em toda
sua realidade, construção e elaboração mental seja ela doce,
tranquila e feliz, ou atormentada, em desequilíbrio e dorida.
Em síntese, posiciona-se a
Doutrina Espírita no sentido de que o espírito conserva-se como o
centro intelectual ativo e radiante que não depende de forma para
agir, que sua ação não sofre obstáculo por parte da matéria, que
se locomovem pelo simples ato de pensar, que suas capacidades
dependem tão somente de seu desenvolvimento enquanto ser. Eis o que
verifica o Espiritismo e que muito superficialmente é as vezes
apresentados nas telonas.
Autoria: Edí Carlos Rebouças
de Oliveira
Revisão: Maria José Nunes
Nepomuceno
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