Todos temos um desses gênios tutelares que nos
inspira nas horas difíceis e nos dirige pelo bom caminho.
Daí a poética tradição cristã do Anjo da Guarda.
Não há concepção mais grata e consoladora.
Saber que temos um amigo fiel e sempre disposto a
nos socorrer, de perto como de longe, nos influenciando a grandes distâncias ou
se conservando junto de nós nas provações; saber que ele nos aconselha por
intuição e nos aquece com seu amor, eis uma fonte inapreciável de força moral.
O pensamento de que testemunhas benévolas e
invisíveis vêem todos os nossos atos, regozijando-se ou entristecendo-se, deve
inspirar-nos mais sabedoria e circunspeção.
É por essa proteção oculta que se fortificam os
laços de solidariedade que ligam o mundo celeste à Terra, o Espírito livre ao
homem, Espírito prisioneiro da carne.
É por essa assistência contínua que se criam, de
um a outro lado, as simpatias profundas, as amizades duradouras e
desinteressadas.
O amor que anima o espírito elevado vai pouco a
pouco se estendendo a todos os seres sem cessar, revertendo tudo para Deus,
pais das almas, foco de todas as potências efetivas.
León Denis
Do livro "Depois da Morte”.
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