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domingo, 11 de março de 2012

LEÓN DENIS SOBRE OS ANJOS DA GUARDA

   Todos temos um desses gênios tutelares que nos inspira nas horas difíceis e nos dirige pelo bom caminho.
   Daí a poética tradição cristã do Anjo da Guarda.
   Não há concepção mais grata e consoladora.
   Saber que temos um amigo fiel e sempre disposto a nos socorrer, de perto como de longe, nos influenciando a grandes distâncias ou se conservando junto de nós nas provações; saber que ele nos aconselha por intuição e nos aquece com seu amor, eis uma fonte inapreciável de força moral.
   O pensamento de que testemunhas benévolas e invisíveis vêem todos os nossos atos, regozijando-se ou entristecendo-se, deve inspirar-nos mais sabedoria e circunspeção.
   É por essa proteção oculta que se fortificam os laços de solidariedade que ligam o mundo celeste à Terra, o Espírito livre ao homem, Espírito prisioneiro da carne.
   É por essa assistência contínua que se criam, de um a outro lado, as simpatias profundas, as amizades duradouras e desinteressadas.
   O amor que anima o espírito elevado vai pouco a pouco se estendendo a todos os seres sem cessar, revertendo tudo para Deus, pais das almas, foco de todas as potências efetivas.

León Denis
Do livro "Depois da Morte”.

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