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quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

CONDUTA ESPÍRITA | DO DIRIGENTE DE REUNIÃO DOUTRINÁRIA

Toda Instituição Humana exige que alguém vá à dianteira liderando – não ditando, os passos da caminha. Na Instituição Espírita não é diferente. E dentre os inúmeros requisitos que solicita o papel “de”, ou que venha a desenvolver conscientemente o Dirigente nas mais variadas atividades doutrinárias, poderíamos elencar: a atenção com que venha a acolher os enfermos – deste e do outro plano da vida, freqüentadores e trabalhadores, serenidade na atuação rotineira junto a Instituição, a compreensão na convivência com o companheiro de jornada, humildade, respeito e disciplina, seja nas ações ou na verbalização de conceitos e opiniões na busca do autoesclarecimento, pois os ouvidos que primeiro escutam são – ou pelo menos deveriam ser, os daquele que fala, não descuidando de que se o verbo inflama, é o bom exemplo que plasma a autoridade moral.

Neste sentido o comandante da reunião, atividade, dia, Instituição, que colabora para evitar ou solucionar situações constrangedoras para os assistentes – médiuns, enfermos, acompanhantes, tarefeiros, não só exemplifica como instiga nos outros adoção de atitudes mais fraternais e pacíficas nas mais variadas circunstâncias no porvir. O exemplo fala auto onde o verbo já ecoa.

E não raro quando das reuniões doutrinárias, acorre companheiros alcoolizados ou demasiadamente agitados, onde salvo os momentos a estes dedicados, a prudência se faz necessária como caridade, seja para o visitante em desalinho ou para aqueloutros que permanecem na atividade. O companheiro que responde pela atividade utilizando-se de tato e atenção, sem alarde, em convidando o companheiro destoante do grupo para local adequado onde o atendimento pode ser realizado com êxito, não cria constrangimento, antes dispensa dignidade e respeito ao ser que ora busca amparo.

     Da mesma forma quando surge a oportunidade do esclarecimento, iluminar com humildade e firmeza ora o companheiro de ideal que excessivamente zela pela pureza Doutrinária, abeira do fanatismo injustificável, ora de coirmãos de jornada terrena a afinar-se a outras concepções religiosas, filosóficas etc, é construir entorno de si círculos de simpatia e amor entre os compromissados trabalhadores da última hora deste e do outro plano da vida.

     Em não descuidando de que o verbo fraterno, conciliatório e paternal, seja qual via por onde passam as necessidades do outro e as suas próprias, o Dirigente desvincula-se do “pastorado” – Dono da verdade/crentes, Líder espiritual/dependentes, pastor/rebanho, transformando-se em “(...) caminheiro no caminho em busca da direção (...)” como já dizia certa música. A proposta do Rabi Nazareno e do Espiritismo é trilhar junto, com, e não conduzir quem quer que seja sem a reflexão necessária dos acontecimentos da vida, sem a conquista de si mesmo, sem o apoderamento dos tesouros que conduzem indubitavelmente ao reino dos céus.

       Cabe ainda a este irmão desaprovar práticas ritualísticas que não levam a introspecção e conhecimento de si mesmo dos participantes, e sim a repetições maquinais, sem elaborações do eu. De mesma feita imagens ou símbolos de qualquer natureza, seja de santos – e adiantamos que respeitamos a prática e as religiões que as praticam, mas nem por isso devemos nos vincular a comportamentos e conceitos que o Cristo e o Consolador Prometido não esposam, ou um singelo retrato de Bezerra que venha a proporcionar comportamento devocional e beatificação injustificável sob a justificativa de despertar a fé. A fé em Doutrina Espírita não se desperta com rituais, imagens e símbolos, mas pela conquista da razão, no alinhamento das emoções, no desabrochar dos sentimentos, enfim no devotamento a atitudes no bem pautadas no fazer ao outro aquilo que gostaríamos que nos fosse feito.

      E apesar das altas responsabilidades imbuídas a este trabalhador que por agora vai na cabina de comando, estas não o tornam melhor ou mais importante do que outro colaborador da Seara a que estejam vinculados. Onde concordamos com André Luiz quando magistralmente afirma que “não é a posição que exalta o trabalhador, mas sim o comportamento moral com que se conduz dentro dela”.


REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo. Tradução de Guillon Ribeiro. 120. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2006. Cap. XI, item 8, 9 e 10, p. 232.

VIEIRA, Valdo. Conduta Espírita, psicografia de mensagens do Espírito André Luiz. 21. ed. Rio de Janeiro: FEB, 1998.

Dicionário Priberam da Língua Portuguesa (DPLP) http://www.priberam.pt/DLPO/

TEXTO: O Reino De Deus. Redação do Momento Espírita, com base no cap. A parábola do reino dos Céus, do livro As maravilhosas parábolas de Jesus, de Paulo Alves Godoy, ed. Feesp. Em 03.01.2012. Endereço eletrônico http://www.momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=3281&, Acessado em 29 de janeiro de 2014.

MÚSICA: Youtube. Endereço eletrônico https://www.youtube.com/watch?v=HaIDVs8OhAs. Alívio. Gladston Lage / Tim. Acessado em 29 de janeiro de 2014.


GLOSSÁRIO

DITANDO: 1. Dizer em voz alta para que outro escreva; 2. [Figurado]  Inspirar, sugerir; 3. Prescrever, impor.

ELENCAR: Colocar em elenco ou lista = CATALOGAR, ENUMERAR, LISTAR

JORNADA: 1. Caminho que se anda num dia; 2. Viagem (por terra); 3. Expedição ou empresa militar. = BATALHA; 4. Trabalho correspondente a um dia; 5. Salário de um dia. = DIÁRIA, JORNA; 6. Dia em que há um acontecimento importante (ex.: jornada de luta); 7. Encontro, colóquio, congresso (ex.: jornadas do .patrimônio). (Mais usado no plural.); 8. [Esporte] Cada uma das séries de competições em que se divide um calendário esportivo.

DESCUIDANDO: 1. Tratar com descuido; descurar; 2. Desatender; perder o cuidado; 3. Esquecer-se; relaxar-se; distrair-se.

PLASMA: Formar em barro, gesso, cera, plasticina, etc. = MODELAR

CONSTRANGEDORAS: Que constrange. | CONSTRANGER: 1. Apertar, impedir os movimentos de; 2. [Figurado]  Tolher o meio de .ação; coagir; forçar; obrigar pela força, violar.

TAREFEIRO: 1. Aquele que toma conta de tarefas; 2. Empreiteiro.

INSTIGA: 1. Incitar, induzir, aconselhar; 2. Açular.

CIRCUNSTÂNCIAS: 1. Particularidade que acompanha determinado fato ou acontecimento = CASO, ACIDENTE; 2. Qualidade anexa ou determinante; 3. Fato que provoca determinada ação ou comportamento = CAUSA, MOTIVAÇÃO, MOTIVO; 4. Estado das coisas num determinado momento = CONDIÇÃO, CONJUNTURA, SITUAÇÃO.

ACORRE: 1. Acudir; correr em socorro; 2. Acolher-se, refugiar-se.

DEMASIADAMENTE: Para além da medida ou da intensidade considerada normal; em demasia ou em excesso. = DEMASIADO

DESALINHO: 1. Falta de alinho ou de alinhamento; 2. [Figurado]  Desarranjo; desmazelo; 3.Desafetação; singeleza; 4. Perturbação do espírito.

ÊXITO: 1. Saída, fim, termo; 2. Resultado de uma ação; 3. Resultado feliz = TRIUNFO ≠ FRACASSO; 4. Celebridade ou popularidade; 5. O que tem bom resultado, boas vendas ou muita popularidade (ex.: este é o último êxito do cantor) = SUCESSO ≠ FIASCO.

DISPENSAR: 1. Conceder dispensa a; isentar; prescindir de; distribuir; 2. Não se julgar obrigado a.

CONCEPÇÕES: 1. Ato de conceber (sentido próprio e figurado); 2. Faculdade de conceber, de compreender, de idear; 3. Imaginação, fantasia; 4. Criação (de obra de engenho).

APODERAMENTO: 1. Tomar posse; conquistar; 2. Dar posse a.

INDUBITAVELMENTE: De modo indubitável. INDUBITÁVEL: Que não admite dúvidas, evidente.

INTROSPECÇÃO: 1. Exame do que se passa no interior; 2. Observação dos fenômenos psíquicos da própria consciência; 3. Exame .subjetivo.

ELABORAÇÕES: 1. Ato ou efeito de elaborar; 2. [Fisiologia] Fases por que passam as substâncias nutritivas até se combinarem com o sangue. | ELABORAR: Proceder à elaboração de; 2. Preparar, organizar, ordenar, formar (a pouco e pouco e com trabalho); 3. Formar-se; operar-se

ESPOSAM: 1. Unir ou unir-se em casamento = CASAR, DESPOSAR; 2. Servir de apoio ou sustentáculo a (vegetais que trepam); 3. Tomar a seu cuidado; 4. Preconizar; defender.

DEVOCIONAL: 1. Relativo a devoção; 2. Que demonstra devoção; | DEVOÇÃO: 1. Observância de certas práticas religiosas e piedosas; 2. Veneração especial; 3. [Figurado] Afeto, dedicação.

BEATIFICAÇÃO: [Religião] Cerimônia pela qual o Papa declara digna de veneração alguma pessoa falecida. | BEATIFICAR: 1. [Religião] Declarar beato; 2. [Figurado] Tornar feliz; 3. Elogiar com excesso.

DEVOTAMENTO: Ato de devotar. |DEVOTAR: 1. Oferecer em voto; 2. Dedicar, consagrar; 3. Tributar; destinar; 4. Votar-se; dedicar-se; sacrificar-se.

IMBUÍDAS: 1. Embeber(-se), impregnar(-se); 2. Embutir(-se); 3. Fixar, arraigar, incutir.

SEARA: 1. Cereais semeados e já nascidos = MESSE; 2. Campo que tem cereais semeados; 3. Pequena porção de terra cultivada; 4. Conjunto de pessoas que tendem a um fim útil ou benéfico = AGREMIAÇÃO, ASSOCIAÇÃO; 5. Área de atividade (ex.: não dês palpites em seara alheia).

MAGISTRALMENTE: De modo magistral. | MAGISTRAL: 1. Próprio de mestre; 2. [Figurado] Perfeito; completo; exímio; exemplar; 3. [Farmácia]  Que, sendo geralmente suscetível de se estragar, se prepara quando é pedido (ex.: fórmula magistral; medicamento magistral), por oposição a oficinal. 4. Cônego com o ônus de ensino.

EXALTA: 1. Tornar alto; 2. Levantar, engrandecer; 3. Glorificar, celebrar; 4. [Figurado]  Elevar ao mais alto grau; entusiasmar; excitar, irritar; 5. Entusiasmar-se; 6. Irritar-se; 7. Gabar-se.


Dicionário Priberam da Língua Portuguesa (DPLP) http://www.priberam.pt/DLPO/

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