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domingo, 26 de janeiro de 2014

NOSSOS FILHOS SÃO ESPÍRITOS

Sem sobra de dúvida a maternidade, a paternidade, independente da configuração familiar, são dádivas divinas que o Senhor da Vida nos permite experimentar para o progresso seja o nosso, seja dos rebentos do lar. Seres que antes mesmo de nascerem já alteram o padrão vibratório familiar, tornando o ambiente mais calmo, mais terno, mais seguro, harmonioso enfim – apesar de que nem sempre os que por aqui estejam, atendam as inspirações do momento, para a chegada deste viajante das eras.

– Viajante da eras?, perguntará o homem do mundo, já que a grande maioria ainda vinculam-se ao conceito de que os que nascem por agora são tais como tabula rasa, uma folha em branco que nunca lhe foi escrito nada, ou seja o ser individual que preexistirá a morte nasce junto com o corpo, e isso para todos indistintamente!!! Sendo assim todos nasceríamos uma só vez e tudo que aprendêssemos ou realizássemos seria fruto do aprendizado de uma só vida, da vida.

Esta ideia é uma explicação espiritualista para a questão da origem das almas, mais não explica o “por que” da diversidade de gostos, de aptidões, de tendências, de facilidades de aprendizado ou de realização neste ou naquele campo da vida, se analisado dois filhos nascidos de um mesmo pai e de uma mesma mãe. Mais – ou menos ainda, quando gêmeos univitelinos tem personalidades tão distintas, que às vezes a única semelhança que há entre si é apenas a aparência idêntica.


Fruto é, deste conceito, a lei da educação familiar igual para todos e que ainda impera em nossos dias – se não em todas, mas ainda em grande parte das famílias. Não é raro escutar um “Não sei o que deu errado! Criei meus filhos todos da mesma maneira” – e não duvidamos, pois a sociedade e boa parte das convulsões sociais estão aí a nos dá conta disso. Quando não são respeitadas as liberdades e aptidões de cada um a anarquia se instala como resposta a repressão sofrida.

Por outro lado, compreender que nossos filhos são Espíritos, assim como nós, necessitados de tornar a carne não apenas uma, mas várias vezes, das quais o que aprendeu em uma vida trás para a seguinte em forma de aptidão, de tendência, de facilidade para o aprendizado etc, não só explica a diversidade de personalidades como indubitavelmente leva a conclusões que poderiam mudar o organismo social através de sua estrutura celular, a família.

Duas delas é a de que eles são diferentes e trazem um lastro de experiências para sua nova vida e a segunda que é conseqüência da primeira, a necessidade de os pais observarem com mais atenção seus filhos desde o instante da descoberta da gestação, para que desde esse momento os observando, comece a educação dos pequenos, incentivando suas tendências benéficas, orientando para que ele próprio abandone as más inclinações que demonstre, tornando-se o artífice da modificação para melhor de seu próprio comportamento na vivência das mais variadas situações a que se verá exposto.

Por este angulo, a educação do “igual para todos”, com a mesma metodologia, o mesmo jeito de educar, não é a mais adéqua a realidade do espírito imortal, pois estes são diferentes e com necessidades educacionais diversas uns dos outros. Num lar onde haja um filho calmo, obediente e outro desordeiro e rebelde, a lógica nos leva a atuar com um de uma forma e com outro de outra forma, partindo das necessidades que cada um nos revele, começando assim por implantar uma educação justa e não mais igual.
 
Em procedendo assim não se demonstrará que se ama mais a um do que a outro, como erroneamente se poderia pensar, mas evidencia-se a cada um que o amor que se tem por este é individual e intransferível, não interferindo no entanto no que se cultiva por aquele.

Neste processo a observação das ações e reações dos rebentos do coração e a atuação educacional para orientação destes pautados no exemplo do Rabi Galileu são fundamentais na educação do espírito que ora torna a vida. Diante dos desafios da educação dos pequenos, evitar o cultivo da ilusão de que “é apena uma criança” é demonstrar desde o primeiro instante o real amor paterno-maternal que os pais sentem ou que lhe são despertos e inspirados pela atual condição deste viajante, que não será a mesma num futuro próximo.

Não nos enganemos, a vida é o reconstruir de laços mal realizados do ontem em direção do amor no porvir. As crianças crescem, os pais envelhecem, mas somente o amor é capaz de permanecer e continuar a agir e a ligar estes, mesmo depois do retorno a pátria espiritual. A família não é um punhado de células e de ilusões, é sim o caminho de redenção de Espíritos.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Dicionário Priberam da Língua Portuguesa (DPLP): http://www.priberam.pt/DLPO/

KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. Tradução de Guillon Ribeiro. 89. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2007.

OLIVEIRA, Edí Carlos Rebouças de. Palestra Família e a Nova Geração. VIII Semana Espírita de Aracati – Grupo Espírita Seguidores do Evangelho | Aracati-Ce. 17 de abril de 2013.

TEIXEIRA, Raul. Programa Transição nº 027 “Educação”. Rede Tv!, 12 de abril de 2009.


GLOSSÁRIO

VIBRATÓRIO: 1. Que vibra. = VIBRANTE, VIBRÁTIL; 2. Que se compõe de uma série de vibrações.

TERNO: 1. Suave, brando; 2. Que mostra afeto ou carinho. = AFETUOSO,  CARINHOSO, MEIGO; 3. Sensível; 4. Que causa dó ou compaixão.

VINCULAM: 1. Ligar, prender com vínculos; 2. [Figurado]  Ligar moralmente; 3. Impor obrigação a; 4. Sujeitar; 5. Converter em morgadio; 6. Prender-se; ligar-se; 7. Imortalizar-se; perpetuar-se; 8. Relativo a vínculo.

APTIDÕES: 1. Qualidade de apto; 2. Capacidade; 3. Inclinação, disposição.

UNIVITELINOS: [Biologia] Que provém do mesmo ovo ou óvulo (ex.: .gêmeos univitelinos). = MONOZIGÓTICO

ANARQUIA: 1. Falta de chefe; 2. [Figurado] Desordem, confusão (motivada por falta de direção); 3. [Política]  Sociedade constituída sem governo;

INDUBITAVELMENTE: De modo indubitável. | INDUBITÁVEL: Que não admite dúvida; evidente.

LASTRO: 1. [Marinha] Areia, barras de metal ou outro peso que se mete no fundo do porão do navio que não leva bastante ou nenhuma carga; 2. Sacos de areia que vão na barquinha do aeróstato; 3. [Figurado] O que se come para dar azo a beber; 4. Base (em que se firma alguma coisa ou algo); 5. Tudo o que faz aguentar o peso.

ARTÍFICE: 1. Pessoa que .manufatura um .objeto. = ARTESÃO; 2. [Figurado] Pessoa que cria ou inventa. = AUTOR, CRIADOR, INVENTOR, OBREIRO; 3. Oficial mecânico. = OBREIRO; 4. Artificial.

EVIDENCIA: 1. Tornar(-se) evidente; 2. Mostrar-se claramente; pôr-se em evidência. = PATENTEAR-SE.

TORNAR: 1. Voltar; regressar; volver; 2. Repetir; 3. Fazer, mudar para; volver; 4. Restituir; 5. Dar torna ou volta; 6. Responder; 7. Imputar; 8. Traduzir, verter; 9. Dar torna ou compensação em dinheiro aos outros herdeiros menos favorecidos para ficarem todos com igual quinhão; 10. Dar volta aos arcos das vasilhas com a tornadura.

REDENÇÃO: 1. Ato ou efeito de redimir; 2. Salvação; 3. Resgate; 4. Libertação; 5. Auxílio;
FONTE: Dicionário Priberam da Língua Portuguesa (DPLP): http://www.priberam.pt/DLPO/

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