Do ignorar ao conhecer: O divino processo educacional do ser |
Observando as relações sociais que desenvolvemos
dia após dia, percebemos que as situações embaraçosas vivenciadas cotidianamente, são a resultante de nossa pouca vontade em aprendermos a superar-las. Isto se dá, seja por conta de conflitos internos,
desafios morais, más inclinações dentre tantos outros comportamentos ou reações que poderiam ser aqui citados, mas que acabariam por deixar demasiadamente extenso o texto. Uma das questões periféricas, mas não menos importante, no que
concernem as aflições que vivenciamos durante nossa vida, é saber qual o seu
propósito.
Num processo educacional no qual
se busca sair do “confortável” estado de ignorância para o de sapiência é comum
que hajam conflitos de toda a ordem além de inúmeros desafios que o estudante
tem que vencer durante sua jornada. Aqui ocorre uma das facetas de uma lei
universal, na qual Sir. Isac Newton percebeu através dos fenômenos mecânicos da
física grafando que “um objeto que está em repouso ficará em repouso a não ser
que uma força resultante aja sobre ele”.
Para a inércia da ignorância das
letras o homem utiliza-se da força da academia para educar, levar o ser ao
movimento ascendente da intelectualidade. Já para o estado “confortável” das
emoções desequilibradas, dos sentimentos em desalinho, das más tendências do
ser, o Celeste Professor utiliza-se da força do amor que, ainda, na maioria das
vezes sensibiliza a alguns poucos, restando à grande maioria dos matriculados
neste pequeno orbe a energia da dor para o movimento da ascensão rumo à
plenitude.
No contato com as situações
aflituosas, cada um de nós experimenta certas emoções que aos poucos aprendemos
a lidar cada vez melhor se assim nos dispomos a sermos melhores, a crescermos
ou psicologicamente amadurecermos. Do contrário se não nos dedicamos a conhecermo-nos,
a sermos melhores, a cada novo ou velho desafio vivenciado, poderemos até alcançar
a idade centenária e ainda assim seremos imaturos neste quesito, e sempre essas
situações serão causas de sofrimento.
No atual momento cultural de
nossa sociedade não é difícil para qualquer um entender que o aluno que foi
relapso e que fugiu o ano inteiro das lições administradas, fique reprovado e
que num futuro próximo venha a repetir as lições não apreendidas, não sem menos
sofrimento que outrora. Já aquele que esforçou-se por superar seu estágio
inicial de ignorância tenha como prêmio a conquista da maturidade. Quando este vier
passar pela lição apreendida anteriormente, é normal que não sofra mais, e que assuma
naturalmente a responsabilidade do exemplo para os demais.
O que é a nossa vida se não um divino processo
educacional, partindo do “ignorar” rumo à plenitude do “conhecer”?
Edí Carlos Rebouças de Oliveira
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